A Agro Fotovoltaica
Produção agrícola e geração de energia no mesmo talhão, otimizando o uso da terra.
A Agro Fotovoltaica se refere ao uso combinado da terra tanto para a produção agrícola quanto para a geração de energia fotovoltaica. Esta abordagem surgiu na Alemanha no início da década de 80, e tinha por objetivo aumentar os rendimentos dos agricultores, pela instalação de módulos fotovoltaicas sobre uma produção de batatas. Logo surgiram adeptos em outros países europeus, aproveitando os então fartos incentivos governamentais para o emprego de energias renováveis. Em seguida surgiram questionamentos se a abordagem poderia criar competição com a produção de alimentos, e assim apareceram metodologias, métricas e orientações visando o uso otimizado do solo.
Esta abordagem e tecnologia foi aprimorada para os cultivares de clima temperado europeu e, desde as primeiras tentativas, logo se observou que não bastavam serem simplesmente instalados módulos fotovoltaicos sobre a cultura agrícola. Um cuidadoso estudo seria necessário para investigar os efeitos mútuos e cruzados causados pela presença dos painéis solares e a sua influência sobre a cultura agrícola, e vice-versa. Logo se observou que algumas plantas seriam tolerantes à sombra, outras não. Se observou também importantes mudanças no microclima, no teor de umidade no solo, nas temperaturas foliares, na transpiração e na sinalização e disparo de efeitos fisiológicos no ciclo de vida da planta.
O alto custo dos módulos fotovoltaicos, e os seus efeitos sobre a produtividade agrícola do empreendimento combinado, caso mal planejadas, poderiam tornar a viabilidade econômica marginal
Para plantas e culturas tropicais, os fatores climáticos, bem como as técnicas de manejo são muito distintos daqueles europeus, e exigem estudos focados levando em conta as diversas peculiaridades, em especial aquelas exigências presentes nas culturas de grande importância econômica no Brasil, tais como soja, cana, milho e café. Por outro lado, foram observadas interessantes sinergias, que se bem exploradas poderiam tornar o empreendimento combinado economicamente viável e importante promotor da eficiência do uso da terra.
O Brasil possui grande potencial de uso da energia fotovoltaica, as irradiâncias solares observadas em todo o território nacional são relativamente elevadas. Fazendas solares estão sendo implementadas com grande rapidez, empregando a abordagem convencional, módulos fotovoltaicos no solo, ou seja, removendo a cobertura de mata original, ou mesmo alguma cultura agrícola não rentável para aquela gleba de terra.
O Brasil possui, por enquanto, grande possiblidade de expansão da fronteira agrícola, muitas áreas no cerrado e centro sul, ainda são passiveis de exploração, sempre respeitando todas as regras da legislação ambiental corrente. As áreas de preservação permanente, corredores ecológicos, reserva legal demostram a irrefutável liderança do Brasil quanto se discute a agricultura junto a preservação ambiental. No entanto, certas narrativas permitem prever a crescente pressão por preservação total, o que irá pressionar pelo uso otimizado da terra e seus recursos, e antever a presença de movimentos que causarão dificuldades para o uso de terras ainda não exploradas, e vão dificultar a viabilidade econômica destes novos empreendimentos.
Com a escassez e a grande pressão por geração de energias de fontes limpas e renováveis, a geração fotovoltaica tem se mostrado promissora, apesar do seu alto custo de implementação. Novamente a abordagem Agro Fotovoltaica retorna a se mostrar como possível caminho.
Em recente trabalho de conclusão de curso no MBA ESALQ USP, membro da AgroFotonica mostrou que, por intermédio de metodologia que busca explorar as sinergias, o fato do ramo sucroenergético se apresentar como importante produtor de energia renovável por meio da queima do resíduo bagaço, se mostrou como um setor aonde a agro fotovoltaica pode ser promissora. Em estudo de viabilidade empregando os dados setoriais da safra 2019/2020, recentes estudos publicados sobre o comportamento fisiológico e fotossintético da cana, foi possível conceber uma arquitetura especialmente desenhada para o ramo sucroenergético, que mesmo respeitando as regras usuais do manejo da cana, apresentou aumentos significativos da margem econômica, um aumento ao ATR, aumento da receita agronômica, um grande aproveitamento do rendimento do uso da terra e, portanto, viabilidade econômica.
Estudos preliminares usando a mesma metodologia, apontam que o ramo cafeeiro, pecuário semiextensivo, citrus, soja e milho, apresentam similaridades sinérgicas que permitem conceber arquiteturas agro fotovoltaicas promissoras em termos de retorno econômico e produtividade.
A AgroFotonica pode conceber arquitetura específica para o caso de interesse do produtor, pois executa todo o estudo de viabilidade econômica, partindo dos efeitos fisiológicos e exigências específicas do manejo da lavoura, os efeitos da Agro Fotovoltaica, o desenho e projeto da implementação, a previsão dos custos de capital e operacionais, os custos da interligação na rede de distribuição, a adequação normativa e a previsão do faturamento.
Para maiores detalhes envie mensagem explicando seu caso e interesse para contato@agrofotonica.com.br